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Monday, April 16, 2012

O Artista

O Artista
Após meditar sobre a pintura Blue Skies de William Utermohlen
Worcester, Massachusetts 16 de Abril de 2012.

_Sentado sozinho em meu atelier, procuro encontrar o sentido da minha existência. A parede que me aprisiona é refletida na cadeira que me apóia e na base da mesa que me dá sentido de existência: a minha criação. Sou artista, da minha arte me alimento!
_Será que o tom laranja mórbido é a minha história de vida? O que me apóia é o que me  aprisiona?
_Enquanto criava eu pensava que era livre, mas seria realmente um prisioneiro?!
_Porém, entendo que a minha arte tem um sentido amarelo vívido, reluzente como o ouro ou brilhante como o sol. Por isto, me agarro no amarelo da vida, não no laranja mórbido da existência que é passageira e efêmera.
_Também capturo com a minha destra o copo, mas que não sei de devo dele beber. Pois me pergunto o que nele está: seria o refrigério da água da vida ou o fel da existência?
_Sobre o branco que me calça, me veste e que está acima de mim, fazendo da parede também uma janela, só posso dizer que ele expressa a minha busca.
_Tenho dúvidas e indagações, mas tenho também uma certeza que o azul do céu é o infinito que me apóia os pés e que me reveste. Quando tudo passar: o tempo, a memória, a certeza e a dúvida; algo ficará: o infinito que encontra o seu fim dentro da minha vida que se projeta além da efêmera existência.

P.S. A pintura pode ser vista em:
ou através do google image digitando o título da pintura e o nome do pintor.