Search This Blog

Friday, June 29, 2012

Ser, Existência e Vida.

Ser, Existência e Vida.
Worcester, Massachusetts. 29 de Junho de 2012.

Hoje é meu aniversário. Parei para pensar sobre a vida. Aqui estão minhas impressões. Pensamentos jogados sobre o papel. Não usei método e nem forma, mas somente ideias. Assim penso que fui espontâneo e sincero. Não sei se algum dia eu tentarei melhorar ou apagar tudo aqui escrito. Mas hoje fica assim.

Sou um Ser! O que é Ser?
Ser, do latim sedeo, estar sentado.
Ser é verbo não conjugado, é infinitivo.
Palavra engraçada esta tal de infinitivo.
Parece uma mistura de infinito e construtivo.
Seria o Ser o infinito em construção?
Ou, quiçá, uma construção infinita?
Sem saber, ouso a construir o Ser; infinitas possibilidades.
Quero conjugar: Sou, Fui, Serei. Ele se torna existente.
Porque existe é mais um entre outros. Se torna categoria.
Pensa ser sujeito que observa, mas é objeto que se sujeita.
É alistado, listado e catalogado.
Aqui começam os problemas: problema existencial.
Porque afirma que Sou, descobre que Fui.
E o Serei? Não tem certeza!
O Ser se descobre efêmero, transitório.
A existência é breve, passageira.
A única coisa que não é passageira é a vida.
O Ser precisa de vida e não de mera existência.
Quando se tem vida não se tem problemas.
Há problemas na vida? Quem diz sim,
Confundiu vida com existência.
Alguém já ouviu falar de problema vidal?
Quando o Ser procura por sentido, ele o encontra na vida.
Vida dá sentido ao Ser. Vida não é transitória, é eterna.
Já dizia o sábio: “E o pó volte à terra, como o era,
E o espírito a Deus, que o deu”.
Pó é existência; espírito é vida.
Vida está no espírito, alento que acalenta com suave brisa.
Quando respiro encontro o contraste entre vida e existência.
Quando inspiro lembro ao Ser que há vida.
Inspira a vida e a vida inspira.
Mas, no respirar também se acha o expirar.
O Ser se lembra da existência.
Expira a existência e a existência expira.
No interstício entre inspirar e expirar se encontra o Ser.
Ora afirmando, ora negando. Mas sempre Ser, nunca o Não-Ser.
Infinitamente adejando sentado no sopro da vida.