Nostalgia...
Após ouvir 1° Mov. Nona Sinfonia de Mahler
Worcester, Massachusetts. 13 de agosto de 2011.
Nostalgia é passado que não se vai...
É a insistência por um presente que não existe...
É agarrar-se em uma folha na esperança de saborear o fruto degustado...
Nostalgia, silêncio que grita na alma...
Nostalgia é tentar ludibriar o tempo...
É obstinação com o que se foi a fim de que seja atual...
É soltar-se no pensamento com a certeza de afagar o alento...
Nostalgia, grito que silencia o coração...
Nostalgia é ter a certeza de que o ontem é tão recente como o hoje...
É afirmar que o que não é, porque se foi, é o que é...
É prender-se a aquilo que redime; que liberta o contido hálito...
Nostalgia, sussurro que inquieta a mente...
Nostalgia, o que pode ser pior do que o passado insistindo a sua presença?...
É ter vivido o futuro no presente...
É lançar-se no que não é, porque não veio ainda, a fim de obliterar o que se foi...
Nostalgia, urro ensurdecedor na alma, no coração, na mente...
Nostalgia é revelar que não sou, simplesmente fui, e persistir no quero ser...
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